8 dicas para orientar a produção de conteúdo

Marina Macedo Rego

11 maio, 2020 ● 4 minutos

Isolamento social intensificou produção de conteúdo

Meu nome é Marina Macedo Rego e sou coordenadora de produção de conteúdo do IBEGESP. Neste texto darei algumas dicas para otimizar a criação e validação de diversos tipos de conteúdo. Isto porque a pandemia de coronavírus tem impactado a dinâmica de todos os setores profissionais, estejam este na linha de frente do combate à doença ou não. E um setor altamente impactado neste sentido é o da produção de conteúdo. Por dia são criados diversos textos, vídeos, comunicados e outros tipos de material para efetivar a comunicação durante a situação de distanciamento social. Para garantir a celeridade e evitar o retrabalho neste processo de produção, é importante seguir as dicas abaixo:

#1 – Explique o que você quer

Não tem como um conteudista saber o que está dentro da cabeça do demandante. Do mesmo modo, não há como o demandante de um conteúdo saber o que o conteudista irá produzir. Por este motivo é essencial que quem está solicitando a produção detalhe o que deseja e que o produtor de conteúdo indique se é ou não possível fazer a tarefa.

Vamos a um exemplo? Imagine que um órgão público precisa fazer um banner para divulgar um evento. O demandante indica que quer que conste a seguinte frase no material: “Palestra sobre metodologias EaD para professores da Rede Municipal no dia 15/05”. O produtor entrega um banner de cor verde com fonte arial que contém as informações solicitadas, mas o demandante pede que o material seja corrigido porque gostaria que a cor do banner fosse azul e a fonte times new roman. Para além disso, solicita que se insira o logo da empresa que irá apoiar o evento e o horário em que a palestra ocorrerá. Se tal informação fosse passada antes, imagine o retrabalho que seria evitado?

#2 – Equilibre as opiniões pessoais

O ditado popular é claro: gosto não se discute! Cada um que ler um texto, ver um vídeo ou analisar uma peça de marketing vai dar uma sugestão: “eu prefiro a cor X!”, “gosto mais deste tipo de música!” e etc. Em equipes grandes, isto pode ser desafiador: como o conteudista vai saber qual direcionamento seguir? Quem vai agradar? É preciso deixar claro quem é o responsável pelo pedido e também é preciso saber diferenciar gosto pessoal de necessidade técnica.

# 3 – Lembre-se da importância do conhecimento técnico

Muitas pessoas dão liberdade criativa aos produtores de conteúdo por motivos diversos: a) não têm tempo para explicar o que precisa ser feito; b) não possuem conhecimento para roteirizar a produção; c) confiam na escolha do produtor de conteúdo. Esta liberdade é essencial para uma produção criativa, mas optar por ela exige que:

  • A produção não seja urgente, uma vez que o resultado pode ser muito diferente do esperado e não haverá tempo hábil pro ajuste;
  • O conteúdo permita a flexibilidade. Dissertar sobre um assunto opinativo é diferente de escrever sobre uma lei, por exemplo.

# 4 – Se atente à imagem pessoal e à imagem organizacional

Algo que estava crescendo nos últimos tempos se intensificou ainda mais no contexto da pandemia: o uso da imagem pessoal de um profissional para publicações organizacionais. Nestes casos, é preciso que tanto a empresa quanto o profissional estejam de acordo com o conteúdo veiculado, de modo que nenhuma das partes se sinta desconfortável a atrelar sua imagem ao material.

# 5 – Faça uma validação assertiva

Mesmo seguindo todos estes pré-requisitos, as produções muitas vezes precisam de ajuste e os produtores de conteúdo tem que entender isso. Caso a correção solicitada fuja do escopo inicial, é preciso relembrar o demandante disto e explicar as consequências da readequação.

Obs.: É importante que a pessoa que demandou o conteúdo seja a mesma a fazer a validação.

# 6 – Dê valor às referências

Muitos demandantes de conteúdo têm dificuldade de expressar o que desejam. Isso é normal, afinal não é a área deles. Neste caso, é essencial que tanto o demandante quanto o produtor de conteúdo utilizem referências para exemplificar o conteúdo proposto.

# 7 – Documente as tratativas

Alguns demandantes ou produtores de conteúdo podem esquecer o que foi definido no escopo inicial. Por isso que é tão importante manter as tratativas documentadas, de preferência em canais formais de comunicação.

# 8 – Lembre-se que o tempo de criação é diferente do tempo de análise

Um conteúdo que demora muitas horas para ser produzido é consumido em pouquíssimos minutos. Leve em consideração esta diferença na hora de definir prazos.

Seguindo estas dicas é possível otimizar a produção de conteúdo e evitar o retrabalho de demandantes e produtores de conteúdo. Tem mais alguma dica em mente? Compartilhe com a nossa redação!