Como os estados brasileiros estão reagindo ao coronavírus?

Marina Macedo Rego

01 abr, 2020 ● 4 minutos

Veja os exemplos de SP, Rio, Bahia e Roraima

VISÃO GERAL

A redação do Radar IBEGESP já falou em outras publicações sobre a dificuldade causada pelo excesso de informação. Diante deste mal da era digital, acreditamos que é essencial consolidar dados de forma resumida para que os gestores públicos possam entender as mudanças legislativas causadas pela pandemia de coronavírus. Foi com esta missão, inclusive, que criamos uma linha do tempo sobre as principais medidas tomadas pelo Governo Federal.

Agora, com este texto, queremos te apresentar quais medidas 4 estados brasileiros estão tomando para enfrentar o covid-19: Bahia, Rio de Janeiro, Roraima e São Paulo. No artigo você poderá conferir o que de fato está acontecendo em cada um destes locais e entender o que cada cidadão e gestor deve seguir. Confira!

SÃO PAULO

São Paulo enfrenta uma difícil situação: a capital paulista é o epicentro do contágio por coronavírus. Por este motivo, o isolamento social – recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) – se fez necessário na maior metrópole brasileira. Confira outras medidas tomadas pelo estado!

- Decretação de estado de calamidade pública;

- Suspensão de serviços presenciais que não sejam essenciais;

- Fechamento das escolas;

- Obrigação de teletrabalho para funcionários públicos acima de 60 anos (exceto os que atuam na Saúde e na Segurança Pública;

- Decretação de férias aos servidores públicos, quando possível;

- Suspensão de cultos e eventos religiosos.

Principais medidas econômicas: O estado liberou R$500 milhões para aquecimento da economia. Para além disso, suspendeu a tarifa de água para 506 mil famílias carentes e o protesto de dívidas por 90 dias. A partir de 25/03, os 700 mil alunos da rede pública de ensino que vivem em situação de extrema pobreza passarão a receber R$55 de auxílio para compra de alimentos.

Principais limitações: Impossibilidade de adesão ao isolamento por parte de parcela da população que se vê sem condições econômicas e perspectiva de renda básica. Falta de água e saneamento em localidades vulneráveis, o que agrava criticamente as condições de higiene. Escassez de medidas para proteção de grupos sociais em condições de vulnerabilidade, em especial as que vivem em situação de rua.

RIO DE JANEIRO

O Rio de Janeiro é o segundo estado mais afetado pelo coronavírus. Por este motivo, tem tomado medidas para implantar o isolamento social. Confira as principais delas!

- Decretação de estado de calamidade pública;

- Suspensão de eventos e atividades com presença de público;

- Fechamento das escolas;

- Restrição no funcionamento de bares, restaurantes e lanchonetes;

- Preferência pelo teletrabalho por parte dos servidores;

- Suspensão total ou parcial das férias de servidores da área da saúde.

Principais medidas econômicas: Mutirão humanitário para a distribuição de cestas básicas com aporte de R$100 milhões do estado. Estão sendo estudadas as possibilidades de suspensão das contas de água, luz, telefone e gás.

Principais limitações: Similares as de São Paulo. 

BAHIA

A Bahia foi um dos estados pioneiros da região nordeste a adotar medidas de isolamento social por conta da pandemia de coronavírus. Confira as principais delas!

- Decretação do estado de calamidade pública;

- Suspensão de eventos com mais de 50 participantes;

- Intensificação da higienização do transporte público;

- Trabalho remoto para servidores com mais de 60 anos que não exerçam serviços indispensáveis.

Principais medidas econômicas: Liberação de 570 leitos de UTI e de 1723 leitos clínicos.

Principais limitações: Similares as de São Paulo e do Rio de Janeiro, com agravantes por maior índice de pobreza. 

RORAIMA

Roraima é um estado que está gerando bastante polêmica em seu plano de ação para a contenção do vírus, afinal, contrariando todas as orientações científicas, reabriu o comércio. Confira as principais medidas tomadas!

- Fechamento da fronteira internacional;

- Limitação de acesso às reservas indígenas;

- Reabertura do comércio. 

Principais medidas econômicas: Antecipação da primeira parcela do 13º salário.

Principais limitações: Similares as de São Paulo, da Bahia e do Rio de Janeiro, com agravantes por maior índice de pobreza e conflitos migratórios.