Como o uso da Inteligência Artificial e robôs está afetando a gestão pública no Brasil?
É cada vez mais comum escutarmos ou lermos termos como Inteligência Artificial, Automação de Processos, Inteligência Cognitiva, robôs, bots . Esta infinidade de termos técnicos já faz parte do nosso dia-a-dia e está cada vez mais comum em ambientes corporativos e na Administração Pública.
Não é de hoje que a utilização de robôs para a execução de tarefas e rotinas é um desejo do ser humano. Em 1962 no seriado The Jetsons (Os Jetsons no Brasil) a Robô Rosie já era responsável por limpar, cozinhar, organizar e ainda, de quebra, jogar basquete com as crianças em nítido anseio social.
A utilização de robôs já é uma realidade há muito tempo, em 1973 a KUKA, empresa pioneira no assunto de robótica, desenvolveu o FAMULUS – o primeiro robô industrial do mundo com seis eixos acionados eletromecanicamente. A partir daí fábricas e indústrias têm utilizado a robótica para a execução de tarefas repetitivas ou de alto risco.
A indústria automotiva é uma das que mais investem nestes equipamentos e utiliza robôs para corte de peças, soldas, transporte, armazenamento e montagem de automóveis em linha de produção. Mas é importante saber que estes robôs da indústria automotiva possuem algumas características importantes como: executam uma tarefa específica e rotineira e não possuem inteligência.
Desta forma eles são programados, por exemplo, para somente parafusar um tipo específico de parafuso em um tipo específico de porta e se não houver um parafuso ou a porta para a qual ele está programado, o robô irá deixar de funcionar.
Ainda, nas rotinas domésticas existem robôs de limpeza que podem ser programados para tarefas em dias e horários específicos. Estes robôs “mapeiam” a área e no horário escolhido eles varrem, aspiram e lustram o chão. Estes pequenos ajudantes contam com a capacidade de identificar obstáculos como objetos, fios e escadas e ainda são capazes de voltar para suas bases de carregamento sozinhos.
Os dois exemplos acima se baseiam nas mesmas premissas, onde os robôs são programados para executar rotinas simples com mais ou menos dependências humanas para controle e monitoramento das atividades.
Na gestão pública já existem inúmeros robôs virtuais, capazes também de executar rotinas administrativas, de controle e fiscalização ou de atendimento ao cidadão.
Diversas prefeituras e órgãos públicos já utilizam chatbots para o primeiro atendimento ao cidadão através do seu site ou aplicativo, reduzindo assim os custos de equipes de atendimento e aumentando a eficiência, ao disponibilizar atendimento 24 horas por dia, 7 dias por semana.
Os chatbots são pequenos robôs virtuais, ou seja, rodam dentro do ambiente computacional com capacidade de interpretar textos, áudios e até sentimentos humanos através de sua interação. O mais interessante é que estes robôs possuem a capacidade de aprendizado, ampliando o atendimento e sendo cada vez mais assertivos nas respostas ao cidadão.
Para entender como isso funciona, acompanhe o exemplo a seguir.
Essa conversa serve para ilustrar o relacionamento virtual, homem-máquina, utilizando inteligência artificial para o atendimento ao cidadão. Agora, para entendermos o que se passa por trás destsa conversa, devemos levar em consideração que:
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Radar IBEGESP Dezembro 2018