Fake news, veículos de informação e senso crítico: como saber se uma informação é confiável?

13 set, 2021 ● 3 minutos

Instaurada no início de setembro, CPMI das Fake News já está atuando

O cenário brasileiro está visivelmente marcado pela preocupação com fontes de informação. A massificação do fenômeno das chamadas fake news – e sua propulsão com as redes sociais virtuais – tem gerado muitas reflexões sobre onde buscar informação confiável e de qualidade. E é por isso que a Redação do RadarGOV te apresenta esse texto: é importante saber que há diferentes tipos de fake news e que veículos de comunicação devem seguir determinadas regras.

Muitas pessoas acham que as fake news sempre possuem uma aparência frontalmente contrária aos canais de informação oficiais. Mas isso é um equívoco: fake news podem aparecer em veículos de informação tradicionais e aparentar seriedade. Outro erro comum é pensar que só pessoas que não tem muito conhecimento virtual podem cair nestas armadilhas. Mas não: há disseminação de notícias falsas para diferentes públicos.

Pela complexidade do assunto, a equipe do RadarGOV preparou uma lista de dicas para evitar que você caia nas fake news. Confira!

- Investigue a fonte da notícia;

- Verifique se outros canais de informação também noticiaram a informação;

- Não acredite em títulos sensacionalistas;

- Analise a data da publicação;

- Não acredite plenamente em notícias disseminadas no whatsapp, facebook ou instagram.

Este tema é especialmente importante para gestores públicos. As fake news podem impactar de maneira grandiosa e negativa os serviços oferecidos pela Gestão Pública. Um exemplo disso é visto no sistema público de saúde: os índices de vacinação vêm diminuindo por conta da difusão de notícias falsas que afirmam que se vacinar é perigoso. É por este motivo que o Ministério da Saúde lançou o Canal Saúde Sem Fake News. Com um ano de funcionamento, o canal já havia recebido mais de 12 mil dúvidas.

É possível concluir que é preciso senso crítico e atenção na hora de analisar qualquer informação. Para além disso, é importante buscar notícias em canais de informação oficiais. No caso dos órgãos federais, todo site deve ter gov.br no final do link. 

Instaurada no início de setembro, CPMI das Fake News já está atuando

Foi instaurada no início do mês passado a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Fake News. Os componentes da CPMI têm 180 dias para investigar perfis falsos que atuam nas redes sociais e são responsáveis por ataques à democracia de ordem diversa. Para além dos perfis, serão investigados grupos responsáveis por cyberbullying e aliciamento de crianças para o cometimento de suicídio. O prazo para a realização das investigações vai até o dia 23 de dezembro.

A análise das notícias falsas é essencial no cenário brasileiro. Para além de terem representado um ataque ao diálogo democrático no último pleito eleitoral, as fake news geram uma rede de desinformação com resultados nefastos como, por exemplo, a queda do índice de vacinação de crianças.

A equipe do RadarGOV acredita que a disseminação de informação de qualidade seja essencial para a consolidação democrática. Por este motivo, veiculamos notícias baseadas em dados confiáveis.

Recomendamos, pelo fim das fake news, que todos os gestores públicos se informem em canais de informação de confiança.