Os impactos do gerencialismo no Brasil

Ana Carolina Rodrigues

18 abr, 2023 ● 5 minutos

*Artigo de opinião

Entenda as melhorias do modelo gerencial na Administração Pública

Alguns apontamentos de melhorias

O Estado tem como principal papel e objetivo fornecer a estabilidade social. A nossa Constituição Federal de 1988 estabelece em seu Art. os direitos fundamentais

“Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes.” Lei essa, que porventura, é meramente e agudamente necessária para o desenvolvimento de um país democrático.

Vejamos a seguir o que são estes modelos: 

·         Patrimonialista  ·        Burocrática   ·    Gerencial

Entre 1500-1930 houve a primeira implantação do modelo patrimonialista no Brasil. Basicamente o Estado se concentrava nas mãos de um rei e não havia distinção entre público e privado. Funcionava literalmente com a função do poder soberano. Sendo assim, os casos de corrupção e nepotismo eram inevitáveis.

Logo após esse modelo de administração, veio o modelo burocrático (1930-1990), que teve como objetivo combater as práticas patrimonialistas de forma que houvesse evolução no profissionalismo, controle do estado, hierarquia etc. O ponto central é entender o atual modelo ainda sendo implantado no Brasil, o modelo Gerencial

Com base nas informações de leis e evolução no processo de gestão do Brasil, pode-se concluir que essas reformas são imprescindíveis. No tocante ao impacto da Gestão Pública no Brasil, deve-se colocar em pauta o papel do Estado e do cidadão, o novo gerencialismo exige que os representantes dos Estados reforcem o sistema democrático.

Ex:. O portal da transparência (encontrado no site do governo - Veja aqui) é uma forma de facilitar o cidadão a ter acesso às decisões administrativas do Estado, possibilitando assim a fiscalização da sociedade.

Agora um exemplo de descentralização nas três esferas do governo:

 SUS (Sistema Único de Saúde)

É uma implantação da Constituição (1998) que transforma a vida das pessoas todos os dias, há inúmeros casos em que pacientes não se sentem satisfeitos com o SUS, e a pergunta é: O sistema veio para ajudar ou causar transtornos?! Claramente essa implantação foi criada com o objetivo de trazer melhorias e nos trouxe. Este fato não deve ser negado. Ocorre que só é eficaz com uma gestão bem elaborada

A saúde é de extrema importância para o cidadão, e o governo tem um enorme papel na garantia do mesmo. Mas é necessário olhar esse cenário como uma cadeia alimentar, pois há um processo até que a cidadania plena possa ser exercida com direito à moradia, alimentação, lazer, cultura etc. E o nome dado a este processo é Administração-Gestão. A saúde, como citado acima, se torna uma das mais importantes, pois sem ela, todo o resto não produz. 

 A comunicação, as decisões e a accountability governamental também devem ser consideradas. Para isso, é necessário ter uma colaboração no âmbito de contribuir com a qualidade de vida. Como consumidor, por exemplo, temos direitos e também deveres, como a colaboração com a estabilidade do meio ambiente, que é de suma importância, exercendo sempre:

  • Redução de água
  • Economia de papel
  • Energia e entre outros

De fato, os impactos que a nova modalidade de gestão causou no Brasil foi de grande expansão nos assuntos abordados acima, até mesmo antes da nova gestão, e a ideia é que torne essa proporção flexível. O objetivo é que a evolução seja contínua e resistente. Embora ainda haja resquícios de modelos de gestão anteriores, o nosso papel na sociedade é combater essa ineficiência para um país melhor. Essa nova implantação traz uma gama de responsabilidades para ambos os lados. 

A ascensão de serviço público foi uma das perspectivas de qualidade, essa descentralização trouxe rapidez nos atendimentos, modo de facilitar e agilizar as demandas da sociedade e novas opções de recepção no serviço público. Se levarmos esse atributo em consideração de melhoria, certamente a sociedade como um todo terá resultados plausíveis. 

Dessa forma, é necessário que, para garantir o avanço do serviço público, seja no terceiro setor ou privado, é necessário o conhecimento acerca dos nossos direitos e deveres, a moralidade em ação e a transparência eficiente para com o público. As medidas administrativas que com o tempo são tomadas devem ser de total eficácia. Como cidadãos, é indispensável compreender que a sociedade, para se tornar igualitária e democrática, precisa saber que ser ser-humano é um papel individual, o resultado é que é coletivo.

Faz-se necessário ampliar a segurança, garantir o bem-estar social, implantar métodos na Administração Pública que facilite a busca pelos direitos e cumprimento dos deveres na sociedade, e findar o caos administrativo. A responsabilidade no planejamento prévio também é de suma importância, muitos serviços públicos dos quais são prestados têm assistência de forma ineficaz, e a sociedade acaba sendo norteada de calamidades, e é por isso que trabalhamos constantemente para a evolução destes.  


Autoria: Ana Carolina Rodrigues é estudante de Gestão Pública, cursou Direito por dois anos e realizou estágio na área criminal, tem experiência em control desk e atualmente é assistente de vendas e assistência jurídica na área Civil (Dpvat).


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