O futuro do teletrabalho segundo o Fórum Econômico Mundial
A urgente necessidade de distanciamento social imposta pela pandemia da Covid-19 transformou a jornada diária dos profissionais dos chamados serviços não-essenciais, tanto no setor privado quanto no público. Esses colaboradores tiveram que se adaptar às pressas a uma nova rotina laboral, o chamado home office ou teletrabalho.
Destacamos algumas importantes mudanças dos nossos hábitos de trabalho. Reuniões presenciais foram substituídas por aplicativos de videoconferência, como o Zoom. As conversas com o líder e os pares na baia ou no café passaram a ocorrer por e-mail e por aplicativos de troca de mensagens como WhatsApp. E o trajeto casa-trabalho, que antes era feito por meios de transporte como carro, metrô e ônibus, passou a ser ter a curta distância da cama para o computador.
Contudo, a automação e a digitalização dos processos de trabalho já eram tendência antes mesmo da pandemia: a situação de calamidade pública apenas acelerou esse processo já em andamento. Esse cenário já vem sendo observado há anos pelo Fórum Econômico Mundial, instituição sem fins lucrativos que reúne líderes mundiais para discutir os principais problemas globais e propor possíveis soluções.
“A Covid-19 acelerou a chegada do futuro do trabalho” – Saadia Zahidi, diretora-executiva do Fórum Econômico Mundial
Segundo a terceira edição do relatório “Future of Jobs Report”, divulgado pelo Fórum Econômico Mundial em outubro de 2020, 50% dos colaboradores a nível mundial precisarão se requalificar até 2025 para se manterem ativos no mercado de trabalho. As competências mais requisitadas pelas organizações brasileiras, de acordo com esse relatório, são (ordenadas da mais para a menos demandada):
- Aprendizagem ativa e estratégias de aprendizagem
- Raciocínio analítico e inovação
- Criatividade, originalidade e iniciativa
- Liderança e influência social
- Inteligência emocional
- Raciocínio e análise críticos
- Resolução de problemas complexos
- Resiliência, tolerância ao estresse e flexibilidade
- Desenho de tecnologias e programação
- Orientação ao cliente
- Raciocínio, resolução de problemas e formulação de ideias
- Troubleshooting e experiência do usuário
- Uso, monitoramento e controle de tecnologias
- Análise e avaliação de sistemas
- Persuasão e negociação
É possível constatar que, dentre essas 15 habilidades identificadas como altamente demandadas pelos empregadores no Brasil, 10 podem ser classificadas como competências socioemocionais. Ou seja, num ambiente em que as máquinas estão progressivamente mediando e substituindo as tarefas executadas por pessoas, cada vez mais aspectos humanos são valorizados pelas empresas e órgãos públicos para viabilizar o trabalho em equipe e, consequentemente, a perenidade das organizações, sejam eles privados ou públicos.
Quer saber mais sobre o home office? O Radar IBÊ traz uma série de artigos e também um podcast sobre o tema.
Luíza Milani
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Luíza MilaniTags:
Boas Práticas, Home Office, Matérias, Recursos Humanos e Gestão de Pessoas, Trabalho Remoto